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Será que sabemos respeitar a democracia?

Na terça-feira dia dia 7 e janeiro fui pela primeira vez a uma assembleia de freguesia. Fui porque este é o local por excelência para a discussão dos problemas da minha freguesia, neste caso, a união de freguesias ramada-caneças. Achei que encontraria uma realidade bem diferente… que os estandartes partidários não fossem se não uma declaração ideológica dos membros de cada bancada e que, fora do holofotes que mediatizam a política, se discutissem apenas os problemas concretos das pessoas.

No entanto a realidade é outra, afinal, mesmo a nível local, mesmo quando “o que interessa são as pessoas e não os partidos” faz-se política. E não apenas no sentido nobre da palavra, não apenas no sentido de quem se disponibiliza para resolver problemas e organizar, em nome do povo, uma sociedade próspera e justa. Mesmo numa realidade tão pequena como uma assembleia de freguesia a política é substituída pela politiquice, e os partidos sobrepõem-se às necessidades da população.

Tenho este desabafo por ver a bancada do PS, o mesmo partido que detém o poder na CM Odivelas e da qual fazem parte membros da bancada do mesmo partido na AM, criticar o Presidente da Junta de Ramada e Caneças, por sua vez do PCP, por esta ser a freguesia a quem a CMO delega menos fundos em comparação com todas as outras freguesias do concelho que, curiosamente, tem executivos PS. As mesmas pessoas que na AM apoiam uma divisão injusta de fundos, por questões meramente políticas, são aquelas que pedem explicações, curiosamente à pessoa errada.

Se há explicações a serem dadas, e efectivamente há, é por parte de quem lidera a CMO. Porque esta divisão desigual de fundos apenas mostra que mesmo a nível local se vêem votos e não pessoas. Como Ramadense só posso ver isto como uma tremenda falta de respeito para os fregueses destas freguesias, uma tremenda falta de senso de justiça e uma aberrante clubite no que se refere à forma de fazer política.


Hoje sei que a escolha democrática a nível de freguesias não é respeitada por uma CM que assim mostra preocupar-se mais com o bem-estar do seu partido no concelho, do que o bem-estar dos cidadãos que deveria servir. E tudo isto citado na retórica categórica de quem vê esta injustiça como uma vitória política, de quem foi eleito para defender uma freguesia e seus fregueses, mas não abdica da lealdade a um partido que neste caso errou, ao prejudicar de forma evidente os cidadãos pela sua escolha democrática.

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