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37 anos depois....

Festejou-se hoje, um pouco por todo o país, 37 anos de democracia em Portugal.

À muitos anos que oiço histórias da Revolução de Abril de 1974 – a denominada Revolução dos Cravos - que derrubou a ditadura e permitiu o final da guerra colonial, terá permitido a conquista da liberdade do povo Português, a liberdade dos Povos dos territórios que nós dominávamos e que constituíam o nosso Império e que passámos a viver em democracia, dizem, iniciando uma nova política de desenvolvimento.

A Censura sobre os órgãos de Comunicação Social terminara, dando a possibilidade aos Portugueses de terem liberdade de expressão, opinião e pensamento. Muitos dos que já ouvi atentamente dizem que hoje, todos podemos exprimir as nossas opiniões nos jornais, na rádio, na televisão, cinema e teatro, sem receio.

Dizem igualmente que Portugal era um país isolado no contexto internacional e que agora fazemos parte da União Europeia e temos grande prestígio no mundo. Fazemos parte do pelotão da frente, dizem alguns ainda.

Também os há quem diga que os Capitães de Abril foram heróis nacionais, como nunca houvera antes na nossa história, e que eles seriam os responsáveis por toda a modernidade do nosso país, pois se não tivesse acontecido a memorável Revolução, estaríamos na cauda da Europa e viveríamos em grande atraso, em relação aos outros países.

Como tenho pouco mais do que um 1/4 de século de idade, não assisti ao acontecimento histórico que estamos hoje a comemorar, pois como é óbvio ainda não tinha nascido. Como tal, tenho pedido a alguns familiares que corroborem estas opiniões, que para meu espanto as contrariaram, pois afirmaram que muito do que tenho ouvido é falsificar a História de Portugal.

Esses mesmos familiares disseram-me que assistiram à Revolução dos Cravos dos Capitães de Abril e que viram o que realmente acontecera e as suas consequências. Disseram-me que os tais Capitães foram alvo de um dos maiores embustes que a nossa História conhecera, porque entregaram todo o nosso império aos que hoje se arrogam de ser os “pais da revolução”, enganando os Portugueses e os naturais dos territórios.

Disseram igualmente que a Guerra no Ultramar envolvera toda a sua geração e que os enganaram dizendo que dela sobressaíra a valentia dum povo. Que foi um engodo! E a verdade é que hoje, o nosso país, é um dos países mais atrasados da União Europeia, mesmo incluindo aqueles países que aderiram à UE há menos de 20 anos!!

Segundo eles, para maioria dos Portugueses, Portugal já caminhava para a Democracia e que os jovens, como eu, tinham emprego quando terminavam os estudos e não viviam na promiscuidade, que hoje nos enfraquece enquanto geração.

Disseram-me também que à época se sabia o que era Lei, Ordem, Pátria e Família e que comparado com eles, hoje pouco ou nada se sabe sobre essas matérias. Também me disseram que a criminalidade aumentara assustadoramente desde 1974 em Portugal, resultado de um lamentável atraso cultural, em virtude de um Sistema Educativo, que é a nossa maior vergonha, principalmente nos últimos 16 anos.

Eles, os meus familiares, dizem que o nosso país é hoje dependente de Bruxelas para conseguir sobreviver, pois os tais que se arrogam de ter feito a Revolução de Abril reduziram Portugal a uma «pobreza franciscana».

Um pouco surpreendido, perguntei-lhes se eles sabiam quem eram Mário Soares, Almeida Santos, Rosa Coutinho, Álvaro Cunhal e Vasco Gonçalves, que tantos enumeram...e esses mesmos familiares devolveram-me a pergunta: “Não são esse que se dizem pais da Revolução?”

Por tudo isto, pergunto-me: Deveremos verdadeiramente celebrar esta data com regozijo e alegria?

Que fique claro, eu NÃO SOU CONTRA o 25 de Abril, simplesmente entendo que os ideais desta Revolução, estão por cumprir! Não podendo, honestamente, afirmar o que seria viver à época, não posso deixar de questionar o passado, em nome do futuro dos jovens de hoje.

Depois de tantas histórias sobre esta Revolução, ficam as seguintes perguntas: Porquê é que todos os anos, nesta data, se fala em comemorações em todo o país? Comemorar o quê? O facto de, em 37 anos, os Portugueses terem ficado ainda mais pobres? Ou tanto em 1978, 1983 e 2011 termos sido obrigados a pedir ajuda financeira externa?

Para bem de Portugal, espero que se cumpram verdadeiramente os ideais não cumpridos de Abril e que isso seja conseguido com esta geração, pois não o foi com aqueles que se arrogam de Abrilistas. Esta data para os jovens como eu, deve-se menos pelo que foi feito, mas mais pelo que ainda podemos e devemos fazer!

Há que começar a pensar realmente em mudarmos de vida!
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