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O salário mínimo cresce, mas os salários médios diminuem!

Foi recentemente anunciado que até final de 2011, a RMMG (Remuneração Minima Mensal Garantida) atingirá o montante de 500 Euros, conforme negociado em 2006 em sede de concertação social!

Não será um aumento para 500 euros logo a 1 de Janeiro de 2011 como prometido pelo Governo Socialista, mas faseado até final do ano.

É um crescimento positivo deste indice salarial na ordem dos 5,3% por ano desde 2007, que aumentou de 385,90 Euros em 2006 para 500,00 Euros em 2011. Mas se esta medida me parece positiva, preocupa-me bastante que todos os restantes salários não cresçam a este ritmo, o que quer dizer que a classe média tem sido sacrificada ano após ano!

Que fique muito claro, eu sou completamente a favor do aumento do "ordenado minimo", mas se isso significasse que a pobreza teria diminuido e que toda a restante população tivesse melhorado substancialmente o seu nível de vida. Seria justo que os salários reais superiores ao RMMG e até 1.500/2.000 euros (especialmente no sector privado) tivessem sido actualizados na mesma medida. Só assim se teria garantido a existência de uma classe média forte e que a diferença salarial entre chefes e subordinados fosse inferior.

A verdade é que quem em 2006 ganhava cerca de 1.000 euros (salario médio aceitável), está em 2010 e estará em 2011 a receber, em média, pouco mais de 1.100 euros! Um aumento bruto de 10%. Tendo em consideração o aumento da inflação anual média foi de 2,5%., o que significa que os preços dos bens na sua generalidade aumentaram cerca 12,5%, há de facto uma diminuição do poder de compra das familias!

Ora, o salário minimo teve um aumento de 29,57%
(17% reais) de 2006 a 2011 contra um aumento perto de 0% no mercado de trabalho (liquido negativo de 2,5%) em 2011!

Isto significa que em 2011 teremos 40% de pobres em Portugal! Porquê? Porque apesar do "ordenado minimo" ter subido (e bem), na economia real essa subida não teve impacto nos restantes trabalhadores, que antes recebiam em média cerca de 3 vezes mais que o "ordenado minimo" e de repente passam a ganhar apenas o dobro. Se é inconcebível que alguém que trabalhe, sobreviva com menos de 500 euros por mês, hoje em dia com 1.000 euros pouco mais pode fazer do que viver dia a dia!

Ora, com os preços a subirem e em muitos casos bem perto de 25% em 5 anos (veja-se o caso do pão, gasolina, frutos secos, fruta, etc), facilmente se pode perceber que toda a classe média irá sofrer, transformando-se a classe média-baixa em classe pobre já em 2011!

Não sou, de facto, daqueles que partilhe da opinião que a mão-de-obra qualificada em Portugal seja cara! É uma falácia, aliás, como se pode verificar no resto da Europa em que em termos liquidos os vencimentos no sector privado são cerca de 2,5 vezes superiores aos de Portugal!

No ano que passou registou-se 100 jovens licenciados a sair do país por mês, pois muitos jovens perderam a esperança, culpa também deste Governo, e como tal estão à procura de novos horizontes e, infelizmente, se calhar com razão para tal!

A minha geração será a 1.ª geração desde o 25 de Abril com menos poder de compra que os nossos pais! Adquirir ou mesmo arrendar uma habitação, por exemplo, será muito mais oneroso e para cada vez menos de nós!

Acredito que não devemos, não podemos ficar acomodados. A JSD terá uma palavra a dizer!
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