Halloween Costume ideas 2015

A "tanga" da Justiça


O Ministro da Justiça nega que exista uma crise na Justiça. Nega que existam salários em atraso. Nega que as recentes saídas da Secretaria de Estado e da DGAJ provenham de descontentamento. Mas no país em que vivemos, a Justiça não nega a sua triste realidade. Não nega que existe uma clara promiscuidade com os corpos políticos e uma partidarização dos seus dirigentes. Não nega que é cara, morosa e assente num sistema de navegação à deriva. A Justiça em Portugal, não esconde a sua fase oculta nem finge que é melhor do que é. Não nega sequer que os seus intervenientes se pautam com maior excitação pelas tiradas - ou retiradas - motivadas por politiquices e coincidências evidentes pela bandeira cor-de-rosa do que, infelizmente, pelo trabalho em melhorar ou simplesmente activar, alguns princípios adormecidos.

Se as profissões judiciárias se determinam, muitas vezes, pela suspeição ou desconfiança dos cidadãos, aqueles que as exercem pela nomeação partidária ou pela amizade com as tais bandeiras, só podem entrar nesse sistema vicioso, no qual, ao fim de algum tempo, chega a hora de escolher entre as amizades "coloridas" e a Justiça per si; a escolha fácil é, claro, bastante tentadora.

Existe tudo isso que as bandeiras cor-de-rosa gostam de negar. A gestão do Ministério tem sido ruinosa, a todos os níveis. A democratização e independência da Justiça não se alcançará enquanto não existir vontade política, integridade e distanciamento entre aquele que é um trabalho técnico e aquele que é o trabalho de abanar bandeiras e inaugurar campus de encher o olho.

Enviar um comentário

JSD Odivelas

Formulário de Contacto

Nome

Email *

Mensagem *

Com tecnologia do Blogger.
Javascript DisablePlease Enable Javascript To See All Widget