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A China do (pós) comunismo

Hoje o chinês Liu Xiaobo ganhou o Prémio Nobel da Paz, atribuído pelo Comité Nobel Noroeguês. Este dissedente do regime de Pequim tem 54 anos e encontra-se preso pela terceira vez, pelas actividades, consideradas subversivas, que tem empreendido, contra o regime chinês. Desta vez, foi condenado a uma pena de prisão de 11 anos, depois de ter promovido um abaixo-assinado a favor da introdução de reformas políticas na China, nomeadamente o fim do regime de partido único, a independência do poder judicial e a liberdade de associação.

A sua luta pelos direitos civis e pela democracia, especialmente pela liberdade de expressão num país com reformas estruturais ainda por alcançar a este nível, levaram-no várias vezes a ser considerado um perigo para o regime chinês e um alvo de retaliação. Este professor universitário participou em diversas campanhas activistas, nomeadamente, no movimento pró-democracia da Praça Tiananmen em 1989 e na elaboração e subscrição da "Carta 08", um manifesto que liderou a favor da liberdade de imprensa e pela informação das massas.

A entrega do prémio Nobel foi realizada sem a sua presença ou de qualquer representante, uma vez que familiares e amigos foram impedidos pelo Governo Chinês a sair do país. A Praça Tiananmen, a Embaixada Norueguêsa em Pequim, bem como a casa da mulher de Xiaobo (que se encontra em prisão domiciliária) estiveram todo o dia cercadas pela polícia, por ordem do Governo Central.

A China é uma das actuais potências económicas mundiais e um dos países com maior taxa de crescimento económico do mundo. No entanto, o regime comunista, apesar das mudanças de paradigma que já foram possíveis e da circulação cada vez mais livre de cidadãos, mercadorias e capitais, continua e influenciar decisivamente a política nacional e a forte repressão pela aquisição plena dos direitos e deveres relativos a um país democrático.

Este episíodio demonstra isso mesmo, que a China é uma corrida a 2 velocidades díspares: por um lado, economicamente progressista e motor financeiros de grandes economias mundiais, porém, por outro lado, um país fechado, tradicional e com fortes ligações ao comunismo e à disparidade de classes sociais.

O país nunca, na História, teve tantas liberdades individuais, mas ainda tem um longo caminho a percorrer para se tornar num país plenamente democrático.

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