Os professores dizem que não são delegados comerciais e que as tarefas exigidas pelo Ministério não fazem parte das suas funções de docentes. As acções de formação do Magalhães ainda não foram esquecidas.
O Ministério da Educação, através das Direcções Regionais está a enviar orientações, no âmbito do programa e-escolinhas, para que os professores dêem todas as informações do Magalhães aos encarregados de educação e que tratem de todo o processo de inscrição. As tarefas passam por facultar os documentos de adesão aos pais e efectuar a inscrição dos alunos no sítio da Internet do programa, obtendo do sistema o código de validação para cada um.
"Isto está a deixar os professores indignadíssimos", afirmou um representante do Sindicato de Professores da Grande Lisboa "Obviamente, isto não é conteúdo funcional da profissão e esta vai ser mais uma burocracia que impede os professores de se dedicarem às suas verdadeiras funções de docentes", explicou o sindicalista, salientando que "somos professores, não somos delegados de uma empresa ou técnicos informáticos".
Para além do referido acima, foram leccionadas acções de formação aos professores Portugueses que passariam pela utilização do Magalhães em ambiente de sala de aula, na utilização da Internet com segurança e a questão do controlo parental.
No entanto, segundo vários relatos, o que se passou foi "uma coisa completamente surreal". "Como professor e coordenador TIC" senti-me "vexado nestes últimos dias", relatou um professor. E não percebe como é possível que se gaste "um dia a obrigar-nos a produzir teatrinhos e cantigas para miúdos de 6 anos, outro meio dia gasto com russos a lerem powerpoints em pseudo inglês, escritos em Português, com tradução por senhoras contratadas."
Deixamo-vos alguns videos do que este Governo entende por formação dos professores Portugueses:
Como se não bastasse, o Governo do Senhor Pinto de Sousa efectuou "convites" a várias autarquias para que estas suportassem as despesas com a Internet dos alunos dos respectivos municípios, para não voltar a referir o facto de a empresa que está a produzir os Magalhães estar com um processo por incumprimento fiscal e, ainda, o falso anúncio de que este seria um computador 100% português, como denunciámos em "posts" anteriores!