"O Governo está a estrangular as universidades", o titulo da manchete de um jornal diário, citando as declarações de um representante de vários reitores de universidades públicas do país.
As propostas na área do ensino superior, neste Orçamento, não resolvem os problemas das universidades. Mais, é muito à custa das universidades e do desinvestimento na educação superior que o défice público recuou. Em comparação com a redução do défice (de 6,8% em 2005 para 2,2% em 2008 ou seja, 4,6%), a redução das verbas disponíveis para as universidades foi de mais de 16% em 3 anos. Em percentagem do PIB, o orçamento disponível para as universidades baixou cerca de 20%, no mesmo período.
"Sem programas, é impensável uma política de inovação". Não há colaboração entre o Ministério do Ensino Superior e o Ministério da Economia que promova a aproximação entre as universidades, laboratórios e empresas, sem a qual é impensável lançar com sucesso uma política de inovação e estimular um novo paradigma de desenvolvimento baseado no conhecimento. Não há ligação, real e consequente, às empresas.
"O processo de Bolonha não está concluído". É preciso que as universidades possam transformar a mudança cosmética, que em alguns casos, foi a única coisa que ocorreu, em mudança efectiva. Este Governo falhou na organização do percurso que estava definido em três ciclos. Há cursos que simplesmente não encaixam neste esquema. Este executivo só tem mais um ano para tentar corrigir a borrada dos últimos três anos!
Ou seja, enquanto este Governo do Senhor "Engenheiro" Pinto de Sousa proclama em todo o lado que o investimento na formação dos Portugueses e na aposta na qualificação dos jovens e restante população é uma prioridade, a verdade dos números revela que efectivamente este Governo persiste em abandonar a formação dos Portugueses, contribuindo para a estagnação de Portugal.
A JSD está atenta!
Não vamos permitir que orçamentos de conveniência, enganem os jovens!
JSD Odivelas