A madeira, por exemplo, é um material que tem vindo a perder terreno face a outros materiais, mas que tem várias vantagens a nível ambiental! Tradicionalmente, sempre se optou por construir com materiais pesados, com uma grande inércia térmica, ou seja, capazes de conservar a temperatura constante, no interior dos edifícios, durante horas. É um bem que tem um impacto extraordinário já que é o único que vai buscar dióxido de carbono à atmosfera. Incentivando o consumo racional da madeira, de forma sustentável, estamos a contribuir para combater o aquecimento global e a valorizar os recursos florestais.
Anexamos abaixo um exemplo vindo do Brasil, que bem pode ser transformado numa proposta, de como poupar bastante em materiais para obras públicas:
Algumas medidas que julgamos importantes:
Colocar vidro duplo nas janelas e verificar se as caixilharias (que é onde se dão grandes perdas térmicas) e as caixas de estore precisam de isolamento.
Deve privilegiar-se materiais de baixa energia incorporada (energia despendida desde a sua extracção até ao produto final), reciclados ou com potencial de reciclagem, renováveis e que respondam na construção às necessidades de conforto térmico para minimizar a necessidade de recorrer a sistemas de climatização.
A construção de uma casa tem um peso energético e ambiental bastante acentuado. A madeira é um material fácil de conseguir e que requer pouca energia para a sua transformação, sobretudo quando comparada com o betão ou o aço. Além disso, em fim de ciclo, é facilmente reciclável. Sendo Portugal rico em florestas, pode ser utilizada em combinação com outros materiais que funcionem termicamente.
Como material, a madeira apresenta vantagens ao longo do seu ciclo de vida (captação de CO2, fácil transformação e reciclagem), por isso deve ser utilizado. No entanto, é fundamental que as madeiras usadas venham de florestas sustentáveis, geridas de forma a não pôr em risco a biodiversidade. De preferência, com certificado de qualidade ambiental. Não faz sentido usar madeiras exóticas, mas sim madeiras locais, mais adaptadas ao clima local. Além das vantagens ambientais, a construção em madeira tem a vantagem de ser muito rápida e geralmente mais barata.
Notamos que é do entendimento de vários especialistas que, as metrópoles europeias do futuro terão que apostar num formato ecológico, artístico e criativo que lhes dê vida.
As cidades ecológicas, ditas ecocidades, e a criatividade são dois elementos que desenharão o futuro das metrópoles da Europa. A previsão é que no futuro próximo se criem ecocidades como extensão das metrópoles já existentes e a aposta na imaginação, na arte e na criatividade para "dar vida à cidade".
É preciso redesenhar as infra-estruturas em resposta ao aquecimento global! Apostar numa rede de transportes públicos de alta qualidade e colocar a imaginação e a criatividade ao serviço da metrópole, tratando assim de questões de coesão social, é a reposta.