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O caminho para a servidão?

Ontem as eleições na Grécia com a vitória do partido de extrema-esquerda Syriza marcam o início de uma nova agenda política na Europa. Mas será verdade que os gregos abriram uma porta à transformação das políticas de austeridade?
Vejamos: 
A Grécia tem hoje mais de um quarto da sua população desempregada e um descrédito manifesto relativamente à solidariedade dos seus parceiros europeus e das instituições europeias. Está quase desde o início da crise nas suas contas públicas com um pé dentro outro fora do euro. A sua economia não cresce e os seus jovens emigram massivamente.
Mas a Grécia colocou-se a si nesse lugar inferior na escala da economia da zona euro, com anos de má gestão das contas e dos subsídios europeus.
A Grécia, tal como Portugal, viu-se obrigada a pedir ajuda financeira e contou com anos de intervenção da troika, precisamente por causa daquela má gestão. 
A "austeridade" não é um fim em si mesmo. Resume-se a um método de salvação, um corte drástico para um mudança radical de comportamentos na gestão das finanças, um meio para chegar ao objectivo de saldar e negociar dívidas. Não é suposto prolongar-se para toda a vida de gestão política de um país, mas ter a mais-valia de resgatar o país do colapso.
Ora, a questão interessante é saber o que o país faz depois de ser obrigado a medidas de austeridade pelos seus credores. Volta aos gastos para lá das suas capacidades e à má gestão dos fundos europeus?
A vitória do Syriza é o caminho natural do ciclo político, que se repete e repete. O povo grego está descontente com os resultados da austeridade, e foi-lhes prometida uma mudança radical que irá criar emprego, prosperidade e justiça, sem obviamente se explicar como, com que meios. 
Tais políticas que voltarão a ser implementadas na Grécia serão apenas um novo pico do ciclo vicioso que, daqui a uns anos, darão origem provavelmente a nova austeridade. Por isso, tal caminho preconizado pelo Syriza terá duas saídas: a mudança do seu programa e a governação moderada ao contrário do que apregoaram na campanha, com a perfeita desculpa da inexecução das suas medidas, ou, o caminho de novo para a servidão.
Os povos que estão submetidos às más políticas dos seus governantes têm menos liberdade do que todos os outros, e aqueles que não exigem explicações estão condenados à discricionaridade de quem os governa.


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