O sentido de oportunidade de podermos fazer parte de uma estrutura, quer partidária, quer empresarial, motiva qualquer pessoa em querer fazer algo de útil para com os outros, para com a sua concelhia, para com o seu País.
Todos damos como adquirido este sentido de oportunidade. Todos achamos que temos o legitimo direito a ter uma oportunidade de progredir na carreira, de poder exercer o direito de voto ou de poder ser significante dentro de uma organização partidária. Estamos porém errados ao pensar que esta oportunidade se chegará à frente de nós sem que antes nos esforcemos ou lutemos para ser recompensados.
Eis que estudámos! Eis que lutámos! mas estamos cansados de atravessar um deserto sem ideias, sem vida e pouco desafiante. Motivação não falta à juventude Portuguesa mas por alguma razão não existe este sentido de oportunidade em podermos demonstrar o que a geração mais qualificada de sempre (para o bem e para o mal) pode demonstrar a um Portugal que tanto desgosto nos dá em o termos que abandonar por falta de momentum.
A debandada de mentes brilhantes do nosso país para o estrangeiro é apenas um pequeno sinal da incapacidade organizacional que se vive em Portugal, pela falta de oportunidade que os nossos jovens sentem e pela ineficácia do sistema político em que o nosso País mergulhou. Lisboa ressente-se disto. O PSD distrital de Lisboa ressente-se disto.
E mesmo assim, numa segunda vida, muitas pessoas querem fazer a diferença, querem desenvolver projectos, querem expandir os seus ideais, querem discutir política! E mais uma vez o sentido de oportunidade escapa-se. E escapa-se como sempre tem escapado, num país descarnado de gente jovem que foge por não poder trabalhar aqui, por não poder ser uma voz no meio de tantos outros que felizmente (ou com alguma sorte à mistura) podem ser pessoas influenciadoras.
Mas só se vive duas vezes...