Mas a questão que hoje se coloca é:

E para agravar este problema a grande maioria são licenciados. Isso mesmo, licenciados e com muitos estudos que, para além de muitas vezes custarem rios de dinheiro aos pais, valem para muitos locais de trabalho não mais que um simples papel!
Os jovens licenciados portugueses são aqueles que, no espaço da OCDE, enfrentam maior risco de desemprego face aos compatriotas da mesma geração que apresentam qualificações mais baixas. Para além de ser difícil arranjar trabalho, até para o ter numa loja ou num local com menos requisitos é preciso saber vários truques para conseguir o emprego, que no fim se revela muito mal pago e fora do contexto para o qual se estuda muitas vezes uma vida inteira.
Os jovens deparam-se actualmente com empregos precários, a recibos verdes, que não lhes permitem sair de casa dos pais e ser independentes. Esta é a geração mais qualificada de sempre, mais bem preparada para começar a trabalhar mas falta-lhes uma oportunidade para provarem o que valem.

Não podemos apenas apontar o dedo, é um facto, por isso é essencial que todos os jovens portugueses sejam familiarizados desde cedo no seu percurso escolar com conceitos de empreendedorismo e de gestão financeira,

O problema do desemprego jovem em Portugal, advém de causas profundamente enraizadas na cultura da sociedade portuguesa, e, só poderá ser debelado de forma sustentada e permanente através de uma intervenção de fundo baseada em múltiplos vectores de intervenção horizontais à sociedade civil e nada tem a ver com o que o Governo de José Sócrates tem tentado fazer passar.
O programa Novas Oportunidades, que além de uma tremenda falta de respeito por todos aqueles que concluem os estudos de forma “normal”, a promessa de que essa formação é equivalente ao 12º Ano, não é mais do que uma mentira deste governo.
Neste sentido é urgente promover a qualificação da força laboral portuguesa começando por áreas como as tecnologias de informação, verdes e de inovação.