O paradigma demográfico

Segundo os dados do INE, em 31 de Dezembro de 2009 a população que residia em Portugal foi estimada em 10 637 713 indivíduos, dos quais 5 148 203 homens e 5 489 510 mulheres. Relativamente ao ano de 2008, Portugal perdeu 4945 indivíduos, uma vez que o número de óbitos suplantou o número de nascimentos, correspondendo a um decréscimo de 0,05%. No entanto, a taxa de crescimento efectiva cifra-se num crescimento residual de 0,1%, considerando o saldo migratório positivo de 15 408 indivíduos. Na prática, em média, as mulheres têm menos filhos e mais tarde, sendo que cada mulher tem 1,32 crianças, e o primeiro filho aos 28,6 anos.

Litoral vs. Interior

Portugal é um país de assimetrias regionais. Enquanto no litoral se verifica um ligeiro crescimento demográfico, o interior está a desertificar-se. No concelho de Odivelas, segundo o INE, residem 155 827 indivíduos. É um concelho com um significativo crescimento populacional, devido principalmente a fluxos demográficos. Esta elevada população, conjugada com uma das mais altas densidades populacionais do país levaram a um grave problema crónico em Odivelas: construção descontrolada.

Portugal é um país envelhecido, com uma população activa cada vez menor, perspectivando-se que este cenário se vá agravando cada vez mais, perante a ausência de agressivas políticas de incentivo à natalidade. A falência da segurança social e os elevados encargos com a assistência médica e social aos idosos são consequências a curto prazo desta situação dramática.

A prosperidade económica é incompatível com a diminuição da população.
No programa do PS dissimula-se querer aumentar a natalidade com medidas avulsas inócuas de mero incentivo quantitativo. Estas medidas são necessárias mas não suficientes, uma vez que isoladas não surtem efeito significativo, sendo necessária a sua conjugação com políticas sociais de preservação e promoção da família.