
OBJECTIVO
O Governo assumiu que queria até ao final deste ano, atingir 45% de energia de origem renovável ou seja, apenas 55% da energia ser de combustíveis fósseis. E Sócrates já veio inclusive a público afirmar que em 2009 este rácio já era de 43%.
Em sintonia, a EDP, principal produtor de energia em Portugal, já disse que pretende que até 2020, 70% da energia que produz seja se origem renovável, o que significa que em Portugal cerca de 60% da energia produzida em Portugal seria de origem renovável.
Boas notícias seriam. Mas será que as contas estão bem feitas?
REALIDADE
A verdade é que a contribuição real das energias renováveis para o consumo bruto de electricidade em Portugal (produção bruta + importação de energia renovável) em 2008 foi de apenas 28%, muito longe dos 43% anunciados pelos Socialistas!
A diferença resulta do critério utilizado para medir a energia hidroeléctrica produzida. A Direcção-Geral de Energia e Geologia, com orientações do Governo, resolveu utilizar um índice de um ano de referência a nível de pluviosidade (1977) com um IPH elevado, o que permite corrigir a produção real para uma produção eléctrica empolada. Assim, em 2008 em vez dos 7100GWh que se produziram realmente, o Governo vem anunciar que produziu 15400GWh, o dobro do real! Tudo cozinhado, portanto!

Tudo isto mostra a falta de seriedade e a demagogia a mais deste Governo. Aliás, na verdade, para Portugal diminuir a sério a sua dependência energética e chegar aos 40%/50% de energia produzida de fonte renovável só o conseguirá se maximizar o seu potencial não só eólico e hídrico, mas também na biomassa e solar, como a JSD Odivelas já defendeu neste blog!
Mas a verdade é que em Dezembro de 2009, apenas cerca de 200.000 m2 de painéis solares estavam instalados em Portugal, quando o objectivo deste governo é 1.500.000 m2 até 2015.
Ou seja, apenas 13% do objectivo está concretizado, quando estamos a 5 anos da meta. Ou acha o Governo que consegue instalar 1.300.000 m2 em 5 anos? Espero que sim, mas isso implicava instalar pelo menos 260.000 m2 por ano. Eu espero mais até, em nome da independência (energética) nacional!
SOLUÇÃO
A micro-geração é a solução, como já escrevi neste blog a 31 de Janeiro de 2009. Só contando com os privados Portugal pode almejar a sua independência energética!
Entendo que todos os edifícios Estatais ou em que o Estado possa ordenar a instalação, e onde tecnicamente possível, deverão produzir pelo menos energia solar térmica (produção de energia apenas para

Mas infelizmente a verdade é que actualmente, apenas 6% dos edifícios em Portugal com capacidade para tal, produzem energia solar. Este rácio devia ser, pelo menos 30% e até 2030 devia atingir-se 50% dos edificios. Noto que, o objectivo mundial é 50% em 2050!
Um Plano Energético que realmente maximize o potencial eólico e essencialmente hídrico e solar, apostando fortemente na micro-geração aliada ao constante e gradual aumento da eficiência energética são as soluções para Portugal!
No âmbito da eficiência energética, deixo abaixo alguns comportamentos que permitem poupar energia e que Portugal e os Portugueses devem seguir:

- Trocar todas as lâmpadas incandescentes por economizadoras;
- Optar por uma tarifa bi-horária;
- Comprar electrodomésticos classe A;
- Abolir o "stand-by" ;
- Programar o ar condicionado (se aplicável);
- Criar uma central de micro-geração em cada casa;
- Lavar a roupa a frio e secá-la ao sol;
- Usar/colocar janelas com vidros duplos (sempre que possível e em toda a casa);
- Calafetar portas e janelas e
- Colocar válvulas termoestáticas nos radiadores/aquecedores
Sejamos sérios! Portugal precisa de um Plano Energético Nacional a sério! Não este empolamento Socialista!