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Conflitos Geracionais em 3 passos simples


1) Quando o assunto é difícil

O assunto não é fácil: envolve autocrítica (até aí tudo bem) e envolve também crítica social (a uma classe específica? Não) à sociedade (Ui! Levante-se o clamor!).


Desde cedo questionei as coisas, a maior parte das vezes não direcionei a questão e muito menos a verbalizei. Não me refiro unicamente a questões metafísicas, mas ao comportamento humano mais simples. Uma das coisas que sempre me irritou foi a dualidade de critérios que as pessoas utilizam na abordagem à opinião do outro. Enquanto crianças ou jovens temos a audácia de dar opiniões nos assuntos ditos "de adultos" e não raras vezes verificamos o seguinte: se a opinião é no sentido da corrente, "somos os maiores", muito maduros e perspicazes para a idade, porém, se a opinião tem a coragem de ir contra o tido como certo, não sabemos nada do que dizemos, "não sabemos nada da vida". Ora bem, verdade seja dita, em muitos casos é disso mesmo que se trata, somos muito novos, não temos nem o conhecimento dos factos, nem a experiência necessária.



2) Quando o peso dos problemas também nos afeta


A idade da insensatez primária e do alheamento aos problemas não é eterna (nasce o confronto), saímos do Liceu, somos maiores perante a lei, vamos para a Faculdade e muitas vezes já estamos no primeiro emprego. Eis senão quando... permanece o problema: continuamos a não "saber nada da vida" . Oh diabo! Então mas eu vejo a crise económica e financeira que o meu país atravessa, sou afetado pela mesma, sou confrontado pela falta de oportunidades e continuo a não poder ter uma opinião? Calma! Poder, podes, mas tem de ser aquela que a corrente toma como certa. Continuas a não saber nada da vida, "nunca fizeste nada da vida". Espera, eu fiz o que me foi pedido: estudei (e muitos o fizeram e fazem de forma exímia) e agora quero mudar o mundo.  Pois, mas terás sempre menos experiência do que aqueles que são mais velhos que tu. De acordo! Tenho menos experiência do que muitos daqueles que de forma passiva ou ativa deixaram as coisas chegarem onde chegaram.

3) Quando nos gostamos de pôr "a jeito"

Não entendam tudo isto como um atirar de culpas ou uma certa ingratidão para com algumas pessoas que trabalharam tanto para nós termos o que temos no presente. Não quero contribuir para mais clivagens entre gerações. Não posso é ignorar que as novas gerações continuam a ser olhadas de lado e deixadas à margem  do processo da necessária implementação de mudança ou, mesmo que se envolvam, são vistas pelos outros como mais uns, outros oportunistas se esse envolvimento não seguir a moda (a declaração de falência do regime, a rotura extremista com instituições, ou a desobediência e a crítica sem alternativas). Querer mudar o regime (por dentro), como acredito que pode ser mudado, é ter passada a declaração imediata de um carácter corrupto e tachista. É difícil não ir pelo mesmo caminho que os outros, é complexo mantermo-nos fiéis às nossas convicções, mas conseguimos.

Em  tempo de eleições autárquicas, haverão muitos jovens, alguns com reduzida experiência profissional, em listas. Muitos dirão, uma vez mais: "nunca fizeram nada da vida". Fizeram. Fizeram o que lhes foi pedido, em coerência com a idade. Mais do que isso, estão dispostos a fazer muito mais do que outros podiam ter feito no passado.

Quando começamos a ser levados a sério pelos outros e deixamos de ser julgados segundo uma bitola ultrapassada ?

Próxima reflexão: Queremos políticos profissionais? Ou profissionais políticos? Há dias. Umas vezes defendemos a primeira, outros dias a segunda, consoante é conveniente. A debater...
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