Halloween Costume ideas 2015

Prós e contras_Presidente da República

Em Portugal quaisquer nomes associados ao meio político, antigos, actuais, com ou sem poder de decisão, estão enfiados num saco comum, que inegavelmente não se tem em boa conta. Desse conjunto, inclui-se, por todos esses motivos - antigo, actual, com e sem poder de decisão - o Presidente da República Cavaco Silva. 

Em Portugal, gerou-se inquestionavelmente um sentimento anti-político e, em especial, anti-Cavaco Silva. E quando a crítica se faz de forma preconcebida, qualquer intervenção é criticável: ou porque fala muito, ou porque não fala, porque intervém para além dos seus poderes, ou porque não reage às decisões do Governo. Neste momento, perdeu-se o sentido de análise à actuação do Presidente da República, porque tais reacções, por partirem do princípio que qualquer decisão será errada, não ponderam para lá da dicotomia presidente/político. Talvez por ignorância ou confusão em relação aos poderes que constitucionalmente lhe são atribuídos, talvez porque o seu historial de interveniente activo na política portuguesa não lhe conceda o luxo da oportunidade de ter algum mérito, algum especial respeito, Cavaco Silva será sempre, independentemente do que faça, alvo de críticas.

Não significa que faça tudo bem, ou que a sua intervenção seja incólume. Aliás, o recente envio do Orçamento de Estado para fiscalização sucessiva para o Tribunal Constitucional causa algumas dúvidas de absoluta independência face às pressões da opinião pública - num sinal de algum nervosismo mediático, e da atracção a que dificilmente se é imune de ficar bem com todos. Tal iniciativa não deixou de criar dúvidas de que tenha agido bem, desde logo, porque demonstrou incoerência com a aceitação do OE de 2012.

Mas o Presidente da República deve fazer o seu papel: guardião da democracia e agilizador das relações de poder entre os restantes órgãos. Devemos presumir que, para lá da imagem política, dos discursos televisivos, das mensagens online, fará aquilo para que foi eleito. Com mais ou menos intervenção, dentro dos poderes que esta Constituição lhe confere. Até prova em contrário, é essa a presunção.

Enviar um comentário

JSD Odivelas

Formulário de Contacto

Nome

Email *

Mensagem *

Com tecnologia do Blogger.
Javascript DisablePlease Enable Javascript To See All Widget