Halloween Costume ideas 2015

Moção Sectorial

POR UMA JUVENTUDE MAIS SAUDÁVEL!
Prevenção e Proposta sobre o consumo de álcool nos jovens em Portugal


Apesar do desconhecimento por parte da maioria das pessoas, o álcool também é considerado uma droga, pois ele actua no sistema nervoso central, provocando uma mudança no comportamento de quem o consome, além de ter potencial para desenvolver dependência. Apesar de ampla aceitação social, o consumo de bebidas alcoólicas, quando excessivo, passa a ser um problema. Desta forma, o consumo inadequado do álcool é um importante problema de saúde pública, especialmente nas sociedades ocidentais, acarretando altos custos para a sociedade e envolvendo questões, médicas, psicológicas, profissionais e familiares.

Portugal, e praticamente todos os países europeus do mediterrâneo, é um país de longa tradição vitivinicola. O consumo de vinho faz parte dos nossos rituais e tradições, exercendo uma poderosa influência em diversos sectores económicos de grande importância: turismo, restauração, divertimento, indústria produtora, etc.
O importante papel que o vinho tem tido no desenvolvimento da nossa cultura e tradições, nas últimas décadas tem sofrido profundas transformações que tem influenciado decisivamente os modos e formas de beber.
Em Portugal, assiste-se ao aumento do consumo da cerveja em detrimento do vinho e a concentração dos consumos em fins de semana, basicamente com fins recreativos e especialmente entre a população jovem.

É preciso ter a consciência que...

Os jovens que consomem regularmente ou mesmo abusivamente álcool praticam em geral menos actividade desportiva. Os jovens que já experimentaram álcool, bem como os consumidores regulares ou abusivos, são de certeza menos felizes e referem com mais frequência sintomas de mal estar físico e psicológico. Em geral os jovens que já experimentaram, bem como os consumidores regulares e abusivos de álcool, apresentam um perfil de afastamento em relação à família, à escola e ao convívio com os colegas em meio escolar.

Está na hora de debater politicamente e com profundidade o problema do álcool nos seus aspectos sociais, económicos e públicos nos mais jovens.

É hoje consensual e nesse sentido o consagra também a Organização Mundial de Saúde, ser o alcoolismo um dos principais e dos mais graves problemas de saúde que a Europa enfrenta. Estima-se que um quarto das mortes nas estradas dos europeus do sexo masculino do grupo etário dos 15-29 anos são atribuíveis aos efeitos adversos da ingestão excessiva de álcool. O risco de morrer numa estrada em Portugal é quatro vezes superior à dos países com taxas de mortalidade mais baixas. Portugal tem a taxa de mortalidade global mais elevada da UE nos jovens do sexo masculino dos 15-24 anos, em parte devido aos acidentes rodoviários sobre o efeito do álcool. Portugal e Grécia foram os únicos países em que, neste grupo etário, se assistiu ao aumento do número de mortos ao longo dos últimos dez anos, ao invés da tendência decrescente dos restantes países. O Instituto de Medicina Legal estima que a condução sobre a influência do álcool seja, anualmente, responsável na União Europeia por cerca de 10 000 mortes/ano.

Foi sem dúvida a questão das mortes dos jovens portugueses nas nossas estradas, bem como o seu afastamento da actividade desportiva, o insucesso escolar entre outros, que me levou a escrever uma proposta de moção de estratégia que em boa parte espero e desejo que se verifique numa reforma política para os jovens em Portugal.

Para compreender e reflectir acerca desta problemática, encontro-me motivado em partilhar e ser agente na mudança dos comportamentos dos jovens portugueses.

São precisos métodos pedagógicos precoces nas escolas e através do factor família, para que haja uma melhor aprendizagem por parte dos jovens relativamente a esta matéria.
Actualmente os jovens passam cada vez mais cedo por uma excessiva ingestão de bebidas alcoólicas com tendência para o consumo de cervejas e bebidas destiladas. Estas têm sido fortemente publicitadas, sendo vendidas em discotecas, bares ou pubs locais estes frequentados maioritariamente por jovens. Estes, em fase de maturação biológica, psicológica e social, com reduzida capacidade de identificarem e compensarem os efeitos tóxicos do álcool levando a um provável comprometimento do seu desenvolvimento.

Todos sabemos que o alcoolismo é um grave problema em Portugal, mas o que começa ser alarmante é o facto de um jovem com dezassete ou dezoito anos ter hábitos com o álcool quase todos os fins de semana quando se desloca ao bar ou a discoteca com os amigos. Tem havido alguma informação relativamente ao problema que o álcool transmite nos jovens, mas estas campanhas assemelham-se mais a uma tentativa de tapar o sol com a peneira.

É preciso alertar, mas são precisos RESULTADOS!...

Está nas mãos de todos nós, a JSD pensar em ALTERNATIVAS !... Vamos a isso!...

. Através de uma política de Educação para a saúde, dando a conhecer os riscos do álcool nos jovens;

. Através das Autarquias, em acções de informação e sensibilização sobre os problemas ligados ao álcool;

. Informação destacada nos rótulos de bebidas alcoólicas, colocando em evidência o perigo do consumo do álcool em excesso;

. Apoiar as organizações não governamentais e movimentos de solidariedade social a promover modelos de vida saudáveis, sobretudo os modelos que previnam ou reduzam os efeitos nocivos do consumo do álcool;

. Implementar regulamentações rigorosas, tendo em conta as que existem em alguns países, sobre publicidade directa e indirecta, direccionada a jovens, nomeadamente anúncios que relacionam o desporto e o álcool.

Existem relações mais ou menos perigosas do álcool com a condução rodoviária, criminalidade, a patologia laboral, as perturbações familiares e efeitos sobre a criança. O álcool representa um risco na normal saúde infantil, juvenil e do adulto.

Apesar de o alcoolismo continuar a afectar, sobretudo, os homens com mais de 30 anos de idade, é cada vez maior o número de mulheres e jovens com problemas de dependência. A maioria dos indivíduos tem o seu primeiro contacto com o álcool na adolescência, por volta dos quinze anos de idade e o pico de consumo ocorre normalmente aos trinta e cinco.

É preciso Legislar MELHOR!...

A Organização Mundial de Saúde na sua estratégia para a satisfação do objectivo “Saúde para todos no ano 2015” pretende diminuir o consumo de álcool a 6 litros per capita por ano para a população de 15 ou mais anos, e reduzir o consumo de álcool na população de 15 ou menos anos até ao limiar de 0%.

Portugal, consciente desta realidade, publicou na Resolução de Conselho de Ministros nº 116/ 2000 de 29 de Novembro e aprovou o Plano de Acção contra o alcoolismo em 24 Janeiro de 2002 com a publicação do Dec.-Lei nº 9/ 2002.
Para tal foi feito um levantamento exaustivo sobre esta matéria em Portugal. Portugal é conhecido em todo o mundo como um dos países que consome mais bebidas alcoólicas, e pisar os lugares cimeiros não nos pode deixar orgulhosos.

Deram-se alguns passos, mas é preciso MAIS!...

Neste Plano de Acção contra o Alcoolismo, ficou pelo caminho a proibição do patrocínio por industriais de bebidas alcoólicas em quaisquer actividades desportivas, assim como de actividades culturais e recreativas dirigidos a menores. É necessário não ter receio político de interesses económicos, quando isso implica a própria saúde humana.


Sendo a adolescência, o período de transição da infância para a idade adulta, trata-se de uma fase crítica do curso da vida, merecedora de atenção e estudo. A adolescência é o período em que as características do indivíduo favorecem em maior grau o início do consumo de álcool. O estímulo para beber cerveja pode partir do meio familiar (o consumo por parte dos pais) ou social, em particular o grupo de amigos.

Estudos sobre consumos e atitudes face ao álcool foram, durante muitos anos efectuados apenas no âmbito do homem adulto, menosprezando-se o consumo em jovens e o reconhecimento do que poderia ser considerado específico no grupo etário dos 15-20 anos.

São realidades como esta que motivaram o meu interesse na apresentação desta moção. É necessário conhecer melhor o uso e abuso do álcool nos jovens e saber quais as repercussões a nível da vida escolar, social e psicológica. É verdade que os estudos, a actividade desportiva ou a capacidade de compreender e interpretar o que nos rodeia nunca combinaram com o álcool, por isso é preciso alterar mentalidades e sem receio, avançar com medidas reformistas para uma melhor saúde dos jovens portugueses.

Os jovens que bebem em excesso correm riscos, passando pelos danos cerebrais, isto porque os cérebros dos adolescentes ainda em processo de desenvolvimento, sofrem destruição celular cerebral que ajudam a governar a aprendizagem e a memória. Até recentemente acreditava-se, estar completo, na adolescência o desenvolvimento do cérebro. Agora acredita-se através de alguns estudos efectuados pela medicina nesta área que o cérebro humano atinge importantes avanços até aos 20/21 anos de idade.
Por diversas razões expostas nesta moção, proponho que a JSD reflicta e intervenha para que no futuro os jovens portugueses consumam álcool cada vez mais tarde. A proposta é o afastamento dos jovens com idade inferior a vinte anos na compra e consumo de álcool em Portugal.

Estamos a falar de riscos e de tendências que só prejudicam os jovens...

Não temos que ter receio, quando isso implica mais e melhor saúde...

Vamos com coragem e sem ressentimentos enfrentar mais um desafio...

Esta não é uma medida de Direita nem de Esquerda é uma Medida de SAÚDE!...

1º Subscritor - Sérgio Saruga


kont@cto

Enviar um comentário

JSD Odivelas

Formulário de Contacto

Nome

Email *

Mensagem *

Com tecnologia do Blogger.
Javascript DisablePlease Enable Javascript To See All Widget