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A Europa II : Os Antecedentes 1918-1939


Para muitos, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) significou o começo do fim da civilização europeia. Outros, em menor número, compreenderam que a capacidade de reacção da Europa dependia da sua capacidade de superar os nacionalismos agressivos que tinham levado o continente à catástrofe e de adoptar o ideal de uma Europa unida e pacífica como projecto comum.


Coudenhove-Kalergi

"A Europa como conceito político não existe. Esta parte do mundo engloba povos e Estados que estão instalados no caos, num barril de pólvora de conflitos internacionais e num campo cheio de conflitos futuros. É esta a questão europeia: o ódio mútuo dos europeus que envenena a atmosfera. (...) A questão europeia só será resolvida por via da união dos povos da Europa (...) O maior obstáculo à realização dos Estados Unidos da Europa são os mil anos de rivalidade entre as duas nações mais populosas da Pan-Europa: A Alemanha e a França..."

Richard Koudenhove- Kalergi
Pan-Europa, 1923



O movimento pan-europeu teve a sua época dourada na segunda metade dos anos 20, os anos da concórdia, os anos do Tratado de Locarno ou do Pacto Briand- Kellog.

Em 1929, Aristide Briand, primeiro-ministro francês, pronunciou um célebre discurso perante a Assembleia da Sociedade das Nações em que defendia a ideia de uma federação de nações europeias baseada na solidariedade e na busca da prosperidade económica e da cooperação política e social. O discurso foi acolhido de forma muito positiva pelo governo alemão e por muitos economistas, especialmente, britânicos. Entre eles achava-se John M. Keynes.

"Penso que entre os povos que se encontram geograficamente agrupados como povos da Europa deve existir uma espécie de vínculo federal; estes povos devem, em qualquer altura, ter a possibilidade de entrar em contacto, de discutir os seus interesses, de adoptar resoluções comuns, de estabelecer entre si laços de solidariedade que lhes permita, nos momentos considerados oportunos, enfrentar circunstâncias graves, quando elas surgirem (...) Evidentemente, a associação incidirá sobre todos os domínios económicos. É essa a questão mais importante..."

Discurso de Aristide Briand perante a Assembleia da Sociedade das Nações,
Genebra, 5 de Setembro de 1929

A Sociedade das Nações encarregou Briand de apresentar um memorando com um projecto concreto. O político francês apresentou um "Memorando sobre a organização de um sistema de União Federal Europeia" em 1930. Era demasiado tarde. A depressão económica havia varrido do panorama internacional os ideais de cooperação e de solidariedade. As pessoas que continuaram a defender a unidade europeia, como o político francês Edouard Herriot que publicou em 1931 "Os Estados Unidos da Europa", ficaram em franca minoria.

A chegada de Adolfo Hitler à chancelaria alemã em 1933 pôs, definitivamente, fim à concórdia europeia e fez renascer o monstro do nacionalismo na sua pior versão. A Europa e o mundo encaminhavam-se para uma nova catástrofe.







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