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O 26 de Abril...

Ontem comemoraram-se os 38 anos sobre a revolução dos cravos, com sessões oficiais em todos os palcos de democracia representativa, dos quais o poder local em Odivelas não foi excepção. A JSD Odivelas quis assinalar este dia com a visita ao Regimento de Engenharia n.º 1 da Pontinha, onde, a 25 de Abril de 1974, se encontrava sediado o Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas. Este local foi, assim, um dos pontos chave da revolução, e constitui um importante legado histórico para a cidade de Odivelas. No mesmo, é possível visitar a sala onde decorreram as operações, e onde se encontra uma reconstituição do momento que antecedeu a revolução, com os aparelhos,  instrumentos e figuras que imitam os militares, tal e qual como se encontravam nesse dia. Logo no início da visita, foi exibido um pequeno filme que ilustra os momentos mais importantes daquela madrugada e os passos que antecederam a operação militar, até à queda do regime. A JSD Odivelas foi acompanhada de outros visitantes que, no momento de discussão  sobre o filme, tiveram oportunidade de dar o seu testemunho e a sua visão particular sobre aquele dia histórico.

De facto, a revolução do 25 de Abril de 1974 foi muito mais do que a revolução pacífica dos cravos. Foi muito mais do que o poder do povo,  sensato e atento, sobre o poder extremista de um regime. Ao contrário da simplicidade com que alguns a vêm, e a guardam na História, esta foi uma revolução de um interesse militar sobre um desgoverno, do arranque duma força sobre um regime esquecido e moribundo. O povo, que se aliou a esta mudança, não teve meios nem força para agir. Foram os militares quem se atravessou frente a uma batalha fácil, e o povo, nunca batalhou. Esta história é a história da libertação portuguesa. De um povo nobre, mas pacífico, valente, mas assustado. De um povo que quis mudar tudo, mas nunca avançou para a mudança. Hoje, comemoram-se 38 anos sobre o dia seguinte ao 25 de Abril de 1974, e nesse dia, a festa e a alegria contagiavam mesmo a confusão e a ansiedade. Porque tudo tinha mudado, mas o país corria para o desconhecido e para a sede de poder. Corria para um caminho que veio trilhando aos sobressaltos e sem qualquer aprendizagem, como quando de repente, alguém é libertado de uma prisão escura e demorada e não se lembra do caminho para casa. Hoje, que se comemora esse dia, podemos reflectir sobre as nossas conquistas enquanto povo, a estrada que percorremos na tentativa de criar uma nova identidade e uma vida nova para todos. Carros e casas, cartões de crédito, férias, educação. Justiça, oportunidades. Tudo o que temos hoje, e que conseguimos sem uma base sólida de continuidade. Sem que o povo se libertasse da sua adesão à mudança e antes mudasse. Esse dia é o dia que esperamos. É o dia pelo qual temos que criar unidades de libertação nacional, e movimentos. O dia em que seremos livres para estudar, trabalhar e viver bem no país onde nascemos. O dia em que todos trabalharão verdadeiramente para isso. Esse dia sim, será de verdadeira comemoração.

Eis que fica a reflexão do Presidente da JSD Odivelas, no seu discurso na Assembleia Municipal de Odivelas:

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