Se não vejamos:
A Parque Escolar foi apresentada em 2007, pelo anterior Governo Socialista, com metas bem esclarecedoras: Fazer um investimento de 940 Milhões de Euros para intervencionar 332 Escolas Secundárias do país. A ideia parecia meritória, até que, um ano depois, aquando da apresentação do plano de negócio (2008), o custo médio de intervenção por escola subia para 7 Milhões de Euros! (Inicialmente o custo médio estava fixado em 2,82 milhões por estabelecimento de ensino).
A trapalhada é de tal ordem que em 2009, o Investimento total previsto para a obra dispara para mais 2500 milhões de Euros e chega ao cúmulo de excluir 127 Escolas do projecto supramencionado (que estava inicialmente previsto para 332!)
Se tal barafunda me permitir manter a frugalidade necessária, a conclusão a retirar é de fácil análise:
Os senhores que outrora governaram o nosso País, não só fizeram desaparecer como que por magia 127 Escolas do Projecto Parque Escolar, como ainda por cima, excluindo quase metade destas, conseguiram gastar muito mais do que estava inicialmente previsto para 332 Estabelecimentos de ensino! Brilhante!
A cereja no topo do bolo “ cor-de-rosa” surge em 2010 quando o custo médio de intervenção por escola chega a atingir 15 Milhões de Euros, num total de 3100 Milhões de Euros gastos para o projecto!
Meus senhores, convinha terem definido tectos máximos para as intervenções que se fizeram, sobretudo garantindo homogeneidade entre todas as escolas e não permitindo derrapagens orçamentais brutais com os dinheiros do país.
(Perguntam vocês)
Mas depois como podia haver Escolas com Pianos de cauda no corredor, candeeiros de Siza Vieira ou envidraçado importado da Holanda?
De facto não podia.
Parabéns ao PSD por ter requerido na Comissão de Educação, Ciência e Cultura, uma audiência com as Ex. Ministras da Educação. Aqui fica a intervenção do Deputado Duarte Marques, também presidente da Comissão Política Nacional da JSD.