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"Honrar o passado, projetar o futuro!"

Honrar o Passado, Projetar o Futuro





Quando se fala de Odivelas, dificilmente não nos vêm logo duas referências à cabeça: Mosteiro de S. Dinis e S. Bernardo e claro, a Marmelada Branca de Odivelas. São sem dúvida as grandes marcas do nosso concelho, que apesar de serem distintas nos dias de hoje, surgem ambas da mesma história, história essa iniciada por Rei D. Dinis “O Lavrador”, no fim do século XIII. 

Reza a lenda que, numa caçada realizada pelo Rei em terras alentejanas, o mesmo foi surpreendido por um urso, e nesse momento ocorreu a aparição de um Santo, onde D. Dinis fez a promessa de que se escapasse ileso daquele incidente iria construir um Mosteiro, e assim, o Rei neutralizou o urso, e o Mosteiro em 1295 foi fundado como pagamento da promessa, 30 anos mais tarde foi sepultado o Rei aquando a sua morte, e lá permanece até à data, como era sua vontade. Odivelas foi a terra escolhida pelo Rei pelo seu curso de águas e os seus solos férteis, permitindo assim assegurar a subsistência do espaço e das freiras que viveriam no Mosteiro, através dos campos de cultivo junto do mesmo.

Entre 1900 e 2015 o Mosteiro serviu de colégio feminino destinado a familiares de militares, estando sob a tutela do Ministério da Defesa durante este período. Muita história, mais uma vez, foi feita neste emblemático espaço.

Percebemos que o Mosteiro e as suas funções foram-se sempre adequando à conjuntura temporal e às necessidades identificadas, vemos hoje que de uma modesta terra fértil com bons cursos de águas se construiu um concelho cheio de séculos de história. Como a conhecida frase “Ide vê-las, ide vê-las...” ou o tão conhecido Milagre das Rosas da Rainha Santa Isabel. Sem nos esquecer das fantásticas receitas de doces deixadas pelas freiras, a nossa marmelada branca... há até quem afirme que a primeira receita original do pastel de nata foi produzida na cozinha deste mosteiro! A verdade é que até aos dias de hoje se tem feito muita história neste espaço, daí ser prioritário para os odivelenses não deixar que estas histórias deixem de ser produzidas, continuando a ser recordadas pelas futuras gerações.

Assim, mais não posso afirmar que é necessário reinventar a utilização e gestão deste que é o nosso grande Património Cultural, agora gerido pela Câmara Municipal de Odivelas, honrando o passado deste grande Mosteiro, mas projetando o futuro das novas gerações odivelenses. É evidente que temos que adequar a sua utilização aos dias de hoje, conscientes do peso histórico e simbólico que este lugar representa para o nosso Município.  

A JSD Odivelas tem vindo a debater ao longo do último ano quais as melhores medidas a implementar para continuar a longa vida ao Mosteiro, desta vez aberto a todos os cidadãos, sendo que destaco as seguintes propostas:

·      Criação de residências universitárias, identificamos a falta de alojamento jovem para estudantes fora da sua área de residência como um problema grave e urgente de se resolver, sendo o nosso concelho às portas de Lisboa e dispondo de uma boa rede de transportes, são várias as vantagens que teremos com a criação deste polo.
·      Criação de um espaço de estudo, a ausência de resposta às necessidades dos cerca de 35.000 jovens que aqui residem tem sido notória, verificando-se através do horário e má gestão de espaço que vemos na Biblioteca D. Dinis e na Casa da Juventude. Deve-se dar mais recursos e melhores oportunidades para que os jovens odivelenses possam ter um espaço que lhes permita dedicar as horas de estudo necessárias a obter bons resultados académicos sem que tenham que sair do seu concelho.
·      Implementação de uma Pousada da Juventude, esta pousada para além de dar vantagens aos jovens que usufruam dela, dará ao concelho mais visibilidade e visitantes. Ainda potenciará uma relação com os jovens atletas que venham competir ao Concelho, como todas as provas e competições que ocorrem no Pavilhão Municipal de Odivelas.
·      Transferência da Start-In Odivelas para o Mosteiro com vista a promover uma maior proximidade das novas empresas ao centro de acontecimentos de Odivelas e garantindo aos jovens maior oferta de transportes para que esta seja uma solução de entrada no mercado de trabalho;
·      Criação de espaços de lazer e cultura para a juventude odivelense, aproveitando o edificado para tal pensando numa área em que o parque da cidade, juntamente com o mosteiro, possam criar uma simbiose perfeita para que os jovens possam usufruir deste histórico e magnífico monumento, criar uma vertente social intergeracional, para que todos possam usufruir dos mesmos espaços mesmo que tenham valências diferentes.

Só garantido o transversal usufruto de toda a população, em especial as gerações mais novas que sempre tiveram o privilégio de usufruir deste monumento magnifico é que podemos honrar o passado. Sem dúvida que este deve ser um dos focos principais para que o Mosteiro de Odivelas volte a ter a vida que merece, todo o seu passado é histórico e assim deverá continuar a ser.

No ano de 2015 quando o Instituto de Odivelas cessou as suas funções, foi sem dúvida um momento de desagrado, tanto por parte dos odivelenses como por parte dos serviços que ali existiam e as respetivas alunas. A forma como todo este processo de passagem de gestão se desenvolveu foi um tanto ou quanto longo demais. Do nosso ponto de vista a negociação deveria ter sido outra, com mais poder para a autarquia na sua gestão e menos custos para a população odivelense, originando melhores oportunidades para a requalificação do espaço, e assim, melhores oportunidades para os odivelenses.

Ainda assim, é hora de projetar o futuro e por isso é essencial garantir a sustentabilidade do que se espera deste renovado Mosteiro. Acreditamos que este será o local mais visitado pelos odivelenses, será um polo atrativo para todas as gerações, adequado a todos e para todos. Dar a perceber aos munícipes a importância deste legado levando-os a abraçar este novo projeto à nossa medida e do nosso tempo é responsabilidade de todos os agentes políticos de Odivelas. É importante que este espaço tenha uma vasta área verde, algo com capacidade para receber a numerosa população do concelho e combatermos um problema identificado por todos que é a ausência de zonas verdes em Odivelas.

A dimensão de toda a área envolvente do Mosteiro é realmente grande, e dará certamente para aproveitarmos da melhor forma com vários serviços e áreas dedicadas às pessoas elevando o nosso concelho a outro nível. Finalmente um momento para valorizar o nosso património cultural que até aos dias de hoje não tem o reconhecimento merecido.

Projetar o desenvolvimento de todo este espaço é um importante desafio para a Câmara Municipal e a JSD Odivelas acredita que a opinião pública deve ser tida em conta e todos os odivelenses devem ser ouvidos quanto ao que esperam do futuro do Mosteiro.

Queremos que os órgãos competentes comuniquem quais são os planos que estão a ser projetados relativamente ao nosso Património.

Continuaremos a ser a voz da juventude odivelense defendendo sempre os interesses de todos nós!




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