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"Venezuela, o paraíso da hipocrisia"

Corre o ano de 1999 e o país mais rico da América Latina, a Venezuela, tem um novo presidente eleito. Com a promessa de reduzir a pobreza e reduzir as desigualdades sociais, Hugo Chavez conquista o trono negro.

Efetivamente, em 10 anos, Chavez consegue reduzir a percentagem de pobreza, de 60% para 30%, e aumentar as igualdades sociais, criando muitos mais postos de trabalho na função pública, assim como nacionalizar as grandes fontes económicas do país.

Passados 13 anos, em 2012, com uma economia e uma função pública sustentada por cerca de 95% pelo setor petrolífero, tudo corria lindamente, mas em 2014, o preço do petróleo desce e leva consigo a economia Venezuelana numa queda sem fim.

Já com um novo presidente, Nicolas Maduro, a Venezuela afunda-se cada vez mais
com uma inflação a apontar para os céus e com uma grande instabilidade política, social e económica, dando início a uma onda de contestação gigante pelos venezuelanos.

Este problema, como é óbvio, chegou aos ouvidos da comunidade internacional, que apresentou uma dualidade de opiniões em relação ao caso. Por um lado, liderados pela Rússia, China e Turquia, temos os pro-Maduro, e do outro, chefiados pela UE e pelos EUA, os anti-Maduro, que recentemente até ultimaram o atual governo venezuelano.

Como Europeu, e vendo esta luta de quem fala mais alto, vejo a hipocrisia em que vivo, pois, em 2007, quando Hugo Chavez nos acenava com o ouro negro, éramos todos a favor da sua "democracia", permitindo assim que a Venezuela chega-se a este ponto crítico. Agora que não pinga para este lado, estamos contra.

Problemas como estes estão espalhados pelo mundo, assim como a hipocrisia que os tenta resolver, e por este andar os venezuelanos só terão paz quando o seu petróleo acabar, o que não será tão cedo visto que, têm uma das maiores reservas petrolíferas do mundo. Com isto tudo e baseando-me na minha idealista e modesta opinião, a solução passa por um apoio humanitário aos venezuelanos que mais precisam. Passa por uma transição pacífica de uma ditadura militar para um governo efetivamente democrático, que precisa de um método cuidadoso, pensado e igualmente de líderes, tanto na Venezuela como em grande parto do resto dos países, que tenham as capacidades necessárias para aplica-lo.

Passa por uma coerência política internacional, passa por uma reaprendizagem de valores morais e éticos por parte de quem nos governa, passa por aplicar políticas socioeconómicas e entender que a maior riqueza de um país não são os seus recursos naturais, mas sim o seu povo. Passa pela vida voltar a não ter preço, passa por um mundo mais social-democrata.

Para isto tudo acontecer, passa por começar genuinamente a querer mudar.

Rafael Kullmann,  JSD Odivelas

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