Halloween Costume ideas 2015

VITÓRIA!


Pedro Passos Coelho, António Costa e Catarina Martins foram as mensagens fortes das respectivas candidaturas. Nunca antes, provavelmente, os líderes partidários, pessoalmente, influenciaram tanto umas eleições legislativas. Os resultados eleitorais são o reflexo do que defenderam, da forma como o defenderam, e o que revelaram daquilo que são. Este resultado revela muito sobre o povo português. Que somos cumpridores, responsáveis e que, sobretudo, valorizamos os traços de carácter como a seriedade, a lealdade, a coragem e a verdade.

A vitória da PàF nas eleições legislativas é a primeira linha a sublinhar do resultado eleitoral de ontem. Venceu, inquestionavelmente, após todas as manifestações, revoluções, dificuldades de gestão interna e externa, sujeição a um programa financeiro rigoroso e medidas que foram directamente sentidas no bolso dos portugueses. E o seu principal activo foi inquestionavelmente Pedro Passos Coelho que conseguiu construir uma imagem de estadista e de seriedade, muito escassa no cenário político português.


A coligação PSD-CDS está em condições de formar governo, cumprindo expressamente a vontade dos portugueses. Mas politicamente muitas questões se colocam. A falta de capacidade de formar maioria absoluta implicará uma gestão muito diplomática com o PS, que terá que rever a sua postura inflexível, não por vontade, mas por falta de alternativa. Se chumbar o OE e provocar eleições, os portugueses não lhe perdoariam, e arriscar-se-ia a que a PàF ganhasse com maioria absoluta, o que seria o "funeral" político de um já moribundo António Costa. Se tentar coligar-se com a esquerda, arrisca-se ao desaparecimento por implosão. Por isso, não lhe resta alternativa para já, senão viabilizar o governo. Como se comportará o PS internamente, essa é outra questão. Mas até às eleições presidenciais, não parecem existir condições políticas para mexer na liderança. António Costa terá que assumir a derrota e respeitar a vontade expressa nas eleições.

Estas eleições representam um marco importante na forma de fazer política em Portugal. Será que os partidos vão continuar a apresentar candidatos que não estão preparados, que não têm competência, que são demagogos ou que não revelam seriedade pessoal? Os paradigmas parecem estar a mudar. Os portugueses querem estar mais atentos e informados, e acompanharão de perto a prestação daqueles que elegem. Será cada vez mais impossível uma candidatura não preparada, sem programa credível ou sem capacidade de diálogo. Não compreender isto será não compreender os portugueses. Achar que não pagar dívidas, não ter capacidade para negociar, apresentar propostas não exequíveis ou, até, atraiçoar os seus pares, são sinónimos de ganhar eleições, é não conhecer o povo português. De facto, não deixa de ser notável que os portugueses tenham privilegiado o realismo e o sentido de colectivo sobre o benefício fácil e artificial. Que tenham preferido a segurança à ilusão.

Os próximos capítulos serão interessantes de acompanhar. Para já, fica a certeza de que finalmente se exige dos partidos com assento parlamentar sentido de missão e de responsabilidade, independentemente de quaisquer resultados, ideologias ou interesses partidários. Os partidos devem aprender com o povo português a adaptar-se, a ceder e a comprometer-se para um fim maior.

Enviar um comentário

JSD Odivelas

Formulário de Contacto

Nome

Email *

Mensagem *

Com tecnologia do Blogger.
Javascript DisablePlease Enable Javascript To See All Widget