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A inexistência de António Costa

As últimas semanas têm ficado marcadas pelo surgimento de vários nomes candidatos à Presidência da República, nomes que vieram e foram, nomes que ficam. Independentemente da análise pessoal sobre cada um dos candidatos ou dos candidatos a candidatos, o certo é que por algum motivo, estamos hoje a falar das presidenciais, e não das legislativas, que ocorrerão alguns meses antes. Esse motivo - e não vejo outro - atribui-se, a meu ver, à fraquíssima entrada de António Costa como suposto líder da oposição. António Costa, desde que foi eleito "candidato" a primeiro-ministro e subsequentemente secretário-geral do PS, atravessou já alguns momentos complicados (algumas situações na CML, a prisão de Sócrates, etc.), para não falar da colagem que fez quer à governação socialista francesa, com péssimos resultados, quer à vitória do Syriza, que se veio a revelar um fracasso para os euro-cépticos.

De facto, todos estes eventos mal geridos, aos quais acresce a significativa falta de respostas concretas para os principais temas da governação, como o problema da dívida pública e as reformas estruturais, contribuíram para a inexistência política do líder do PS. Os eleitores, presumo, continuam sem ter a menor noção do que de facto o PS pretende para o país. Motivo pelo qual, naturalmente, é momento para recordar o filme da vida do país no período socrático. Um líder impulsivo, com reputação interna em alta, mas vazio de conteúdo, inócuo, com discurso vago e inconclusivo. Felizmente, hoje, não basta acenar com um cravo na mão e gritar em cada palanque. Esse tipo de discurso já não convence, não é suficiente. 

É por tal facto que se falam nas presidenciais. A maioria PSD/CDS já provou o que era necessário provar: objectivamente, o país está a crescer, a exportar mais, saímos finalmente do clima negro que vigorava nas contas públicas em 2011. O país, naturalmente, não haverá de querer regressar a esse tempo negro. Mas não pode deixar de ser interessante perceber que o PS nem sequer parecer estar a tentar ganhar eleições. Se tentasse, talvez no debate público nos lembrássemos que ainda faltam as legislativas, e não estaríamos tão inundados com os nomes presidenciáveis. A fraca liderança e a total ausência de ideias só confirma que não basta achar que se pode, tem que se provar.

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