Foi desta forma que Fernando Ferreira respondeu a uma jornalista que o questionou em relação ao facto de caso vença as eleições qual seria a primeira coisa que ia mudar em Odivelas – “Tudo(…) basicamente está tudo mal em Odivelas”
Ao longo de uma entrevista concedida a um semanário regional o candidato do PSD à C.M. Odivelas abordou vários assuntos relacionados com a C.M. Odivelas e sobre os projectos para os próximos 4 anos para Odivelas.
Sobre a gestão da Câmara Municipal nos últimos 4 anos Fernando Ferreira disse o seguinte: “A Câmara Municipal de Odivelas não funcionou e não implementou um espírito estratégico para Odivelas. Não fez nada durante quatro anos. E se não prejudicou mais os Odivelenses foi porque teve quatro vereadores do PSD que, de uma forma permanente, tentaram impedir certos erros e melhorar as propostas. Recordo que o PSD teve uma participação lateral nesta Câmara. A posição central e completamente maioritária era do Partido Socialista. Porque os departamentos de planeamento estratégico, urbanístico, financeiro, aprovisionamentos, sociocultural, recursos humanos, obras municipais, estavam nas mãos do Partido Socialista. Era o PS que deveria ter criado as dinâmicas.
Quando eu for presidente da Câmara, não estou a contar com que todas as forças políticas aprovem os documentos fundamentais da autarquia. Que maior tranquilidade quer um presidente que vê todas as forças políticas aprovar os seus instrumentos de gestão, como aconteceu com o actual executivo. Nós fizemos isto porque não quisemos dar álibis ao PS. “
O candidato do PSD defendeu, também, a necessidade de Câmara proceder a uma “reestruturação interna e a alteração do seu modelo de funcionamento” para que se torne “mais eficaz mais eficaz, mais rigorosa rápida e eficiente”.
Em relação aos seus projectos que pretende realizar Fernando Ferreira disse “A obra emblemática que vou fazer no meu primeiro ano de mandato é o parque natural (…) um parque para as pessoas terem um momento de lazer é um parque relvado, com ciclovias, árvores bancos…” conclui, em relação a este assunto referindo que “é uma vergonha para Odivelas que tem tanta população não ter um parque natural”.
Em relação a outros projectos revelados refira-se os transportes intermunicipais e, outra grande bandeira os estágios remunerados na Câmara Municipal, em relação a esta proposta Fernando Ferreira referiu que pretende “criar um programa de estágios, a iniciar já em 2005, em que jovens licenciados do concelho de Odivelas vão trabalhar para a autarquia como estagiários. Não estamos a aumentar o número de funcionários da autarquia, mas sim ajudar na formação desses jovens com ganhos para o município. Faremos com que essa gente ajude a nova máquina da Câmara a pôr em ordem os processos que estão atrasados. São esses estagiários que vão também ajudar a colocar na ordem os bairros de génese ilegal. Os bairros de génese ilegal, mesmo os que têm alvará, ainda não têm habitações legalizadas.”
Também a área da Cultura foi abordada nesta entrevista, ai o Candidato não esqueceu uma reivindicação antiga afirmando que “não podemos admitir que o Instituto seja “dono feudal” do Mosteiro, que é de Odivelas e dos odivelenses” .
Por fim foi feita uma referencia ao processo de escolha dos candidatos onde Fernando Ferreira disse o seguinte: “Foi um processo muito simples. Há pessoas que se mantêm e outras que decidimos mudar, como é o caso de Caneças, em que escolhemos o Carvalho de Matos.
Na lista da Assembleia Municipal mantemos o Luís Salmonete em primeiro lugar. Na lista da Câmara, mantivemos a mesma de há quatro anos, com pequenas alterações. Colocámos em quinto lugar o presidente da JSD, porque nós respeitamos os jovens. E é por isso que a JSD de Odivelas vai fazer campanha ao meu lado. Tudo isto decorreu num processo extremamente pacífico. Não ofereci o mesmo lugar a várias pessoas para a lista da Câmara…
Conto com os mais jovens, com os idosos, e é por isso que esta candidatura é muito alegre e com grandes capacidades de avançar. As listas foram aprovadas em Odivelas, no dia 27 de Junho, por unanimidade, pela comissão política.”
Estas declarações foram feitas numa entrevista concedida ao Jornal Tribuna de Loures.