Estamos com Pedro Santana Lopes!
Enquanto Presidente da JSD Odivelas sinto-me no dever de partilhar algumas informações e opiniões com todos os jovens odivelenses, particularmente os militantes da JSD Odivelas relativamente às próximas eleições diretas do PPD/PSD.
Surgiu recentemente uma notícia
em diversos órgãos de comunicação social informando da decisão unânime da JSD
Distrital de Lisboa em apoiar Pedro Santana Lopes à liderança do Partido Social
Democrata, ou como o próprio gosta de referir, do PPD/PSD. Até hoje entendi ser
pertinente aguardar para clarificar os militantes da JSD Odivelas ausentes da
Reunião de Comissão Política e do Plenário onde decidimos, enquanto JSD de
Odivelas que apoiaríamos unanimemente Pedro Santana Lopes.
Existem diversos motivos pelos
quais entendemos ser essencial uma liderança que queira Unir o Partido e Ganhar
o País. Tivemos a oportunidade de discutir isso em reunião magna de militantes
para além da reunião de comissão política. Apoio total e unânime! Aproveitarei,
mais à frente, para clarificar algumas questões em relação a este assunto.
Pegando no termo clarificar, uma
expressão que tem vindo a ser utilizada pelo próprio Pedro Santana Lopes,
importa clarificarmos os militantes quanto à importância destas eleições e da
escolha de uma nova liderança. Num exercício de análise do que nos tem sido
apresentado, a primeira grande questão prende-se com o facto de termos que
escolher entre um líder que deu sempre tudo ao partido, abdicando do seu bem-estar
pessoal, e outro que no momento mais exigente da democracia portuguesa e do
PPD/PSD atacou constantemente o trabalho que estava a ser desenvolvido,
desrespeitando o processo de salvação nacional que assim se exigia entre 2011 e
2015. Não indo muito atrás no tempo, importa relembrar que em 2004 tivemos um
destes candidatos a aceitar assumir o cargo de Primeiro-Ministro sem ir a
eleições para não provocar uma crise política que viria a ser provocado pelo
então Presidente da República Jorge Sampaio e por várias demissões de diversos
Ministros da altura. Esse candidato é, como facilmente identificamos, Pedro
Santana Lopes!
É certo que não estamos aqui para
discutir o passado mas sim o futuro, também de futuro vos falarei. Importa
compreendermos o que cada candidato apresenta para o país, assim como importa
percebermos o que apresentam para o partido. Queiramos ou não, discutimos hoje
o que acontecerá ao PSD num momento em que a modernização partidária é um ponto
basilar nesta fase final da 2ª década do séc. XXI. Um ignora essa questão, talvez por estar
rodeado de alguns dos militantes identificados como os donos dos maiores “caciques”
do partido, outro começa hoje a falar da necessidade de repensarmos toda a
abordagem, estrutura e regras de um partido reformista que começa a dar sinais
de precisar de uma profunda reforma. Achemos este tema relevante ou não,
certamente todos os militantes estarão cansados da abordagem constante de
pedidos de pagamento de quotas ou de processos de secretaria que são pouco
transparentes e dificultam a dinâmica democrática que se exige.
Para além do que se quer para o
partido, é fundamental que percebam o que se quer para o país. Tive a
oportunidade de ouvir os dois candidatos no Conselho Nacional da JSD enquanto
Vice-Presidente do Congresso Nacional e de ouvir Pedro Santana Lopes noutras
duas ocasiões.
Rui Rio apresenta uma proposta
programática que em nada inova face ao que nos tem vindo a ser apresentado nos
últimos anos. Estaremos em concordância quanto à necessidade da saúde das
finanças públicas, à necessidade de rever o Sistema de Segurança Social e a sua
sustentabilidade, a importância de uma agenda para a competitividade, uma
estratégia de reformas estruturais que coloquem o Estado no mapa da boa governança
pública a nível mundial. Este é a mensagem de Rui Rio. Uma mensagem que nenhum
social-democrata discordará, a não ser que seja contra os programas de Governo
apresentados por Pedro Passos Coelho em 2011 e 2015. Esta é uma das grandes incoerências
com que me deparo, temos um candidato que apresenta um programa um tanto ou
quanto semelhante àquele que mais criticou e que em momento algum foi capaz de
apoiar. Pergunto-me, por interesse pessoal?
Pedro Santana Lopes, embora
ligado por muitos aos apoios de Pedro Passos Coelho e das suas dinâmicas,
apresenta algumas novidades. Não descurando todas as matérias suprarreferidas, incluindo-as
através de uma agenda para o crescimento económico, onde inclui a
sustentabilidade da segurança social e a promoção da competitividade como fatores
chave para o sucesso a médio longo prazo do país, apresenta uma mensagem nova
no PPD/PSD que é necessária, diria até, urgente! O liberalismo económico que
tem caracterizado o PPD/PSD está hoje nas bocas de Rio e a social-democracia
que tanto se apregoa necessária surge pela visão de Santana. Pedro Santana
Lopes apresenta duas matérias essenciais para o futuro de Portugal:
- A verdadeira reforma
administrativa, obrigando a um pacto de regime, que promova um efetivo combate
à desertificação, à constante e errada concentração da Administração Central em
Lisboa, a uma mudança de paradigma face a todo o ordenamento do território e,
de uma vez por todas, uma estratégia que combata totalmente a tendência que
vivemos de migração e impeça novas calamidades como as que temos vivido;
- Uma nova abordagem em matéria
de políticas sociais. Aqui Santana clarifica-nos quanto ao que é a origem do
partido mais português de todos. Embora social-democrata, Santana defende menos
Estado na dimensão e mais Estado nos apoios sociais que garante. Apresenta-nos
uma visão liberal quanto ao tamanho e uma postura social-democrata quanto à
função. Naquilo que se prevê como o debate do futuro do Estado Social, Santana
apresenta uma solução, que não sendo inovadora, parece-me ser a chave de um dos
principais problemas da relação entre o Povo e o Poder Político. Como muitos
cidadãos lhe têm dito ”não nos tirem mais nada”. Essa é a tónica, o Estado não
pode apresentar uma despesa pública de manutenção da sua estrutura ao nível que
se apresenta hoje em dia, mas isso não poderá significar uma redução das
responsabilidades sociais do mesmo.
Na prática poder-nos-á parecer
algo muito abstrato, mas esta questão é essencial para percebermos que caminho
nos apresenta. Um Estado prático, próximo, eficiente mas verdadeiramente atento
aos que deve proteger, os mais desfavorecidos. Um Estado que não seja única e
exclusivamente potenciador do capital mas que veja as pessoas como o seu
principal ativo. Este espírito reformista social-democrata que apresenta, não é
só seu, é de um Partido que volta às suas origens, é de um líder, que embora
citado e usado por muitos erradamente, vê agora uma parte do seu projeto para o
país surgir, Francisco Sá Carneiro. Perdoem-me mas é inegável que Pedro Santana
Lopes é o seu fiel herdeiro.
Posto isto, voltarei à questão
abordada logo no início. Estas eleições servem para clarificar.
Como Pedro Santana Lopes afirma,
é isso que veio fazer e que nós estamos a fazer, a clarificar.
Em Odivelas estamos a clarificar,
entre aqueles que usam as eleições para o partido a nível nacional com vista a
projetos pessoais no concelho e os que querem objetivamente que o Partido
Socialista deixe de continuar a destruir. Estamos a clarificar entre aqueles
que se apresentam como um Movimento Social Democracia Agora defendendo um
programa liberal e os que defendem uma verdadeira política social-democrata sem
que se afirmem como movimentos criados para aproveitamento da conjuntura. No
contexto da JSD, estamos a clarificar entre aqueles que deixaram a JSD no pior
momento da sua história, em queda livre em todas as áreas de atuação, sem
cuidado nenhum e qualquer respeito pelo que a mesma representa e os que
representam uma nova geração que provou ser de confiança, que reconstruiu a
estrutura, que tem desenvolvido um trabalho notável em todas as suas
responsabilidades, que está a cumprir com tudo o que se comprometeu no início
do seu mandato e que está para ficar. Em Odivelas clarificamos entre os que
usam a comunicação social para denegrir o PSD, para colocar, como outrora o
disse, “o PSD na lama” e os que dão a cara pelo partido seja em que contexto
for, os que colocam o partido acima do seu interesse pessoal e o país acima do
interesse do partido.
Devo, enquanto Presidente da
Comissão Política da JSD de Odivelas, clarificar uma outra questão de relevo.
Nenhum militante da JSD em Odivelas pode-se afirmar no direito de dizer que a
decisão de apoiar Pedro Santana Lopes é uma decisão de um grupo de militantes,
e nenhum desses militantes poderá falar em nome da JSD em circunstâncias de
entender apoiar Rui Rio. Estão no direito legítimo e democrático de votarem e
apoiarem quem bem entenderem, mas em circunstância alguma se pronunciaram nos
órgãos próprios quanto a esta questão e portanto não falam em nome da JSD.
Nenhum se apresentou na Reunião de Comissão Política alargada que promovemos
para debater esta questão e nenhum esteve presente no Plenário de Militantes da
JSD onde aprovámos o apoio. De clarificar que isso significa que todos os
militantes da JSD concordam com a decisão em causa visto ter sido aprovada por unanimidade.
Aproveito, deste modo, para
convidar todos os militantes da JSD a estarem presentes na sessão de
esclarecimento da candidatura de Pedro Santana Lopes no dia 21 de Novembro
pelas 21 horas no Pavilhão Multiusos de Odivelas. Por um PSD mais PPD!