O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas celebra
a data de 10 de Junho de 1580, data da morte de Camões, sendo também este o dia
dedicado ao Santo Anjo da Guarda de Portugal.
A 10
de junho de 1579 ou 1580, Luis Vaz de Camões morre em Lisboa, deixando para
trás uma das obras que mais enalteceu as aventuras e descobertas portuguesas:
Os Lusíadas. Já no século XIX, foi na figura de Camões que os liberais
portugueses encontraram um símbolo para a sua luta contra a presença dos
ingleses em Portugal, e que mais tarde levou à implantação da República. E foi
também a figura de Camões que deu origem ao feriado que hoje celebramos a 10 de
junho.
Foi
a sua exaltação dos feitos portugueses que fez de Camões o símbolo da pátria
querido pelos republicanos. Uma vez que não se tem a certeza da data do seu
nascimento, a celebração da sua obra foi escolhida para o dia da sua morte.
O 10 de Junho começou
a ser particularmente exaltado com o Estado Novo,
o regime instituído em Portugal em 1933 sob a direcção de António de Oliveira Salazar. Foi a partir
desta época que o dia de Camões passou a ser festejado a nível nacional. A
generalização dessas comemorações deveu-se bastante à cobertura dos meios de comunicação social.
Durante o Estado
Novo, o 10 de Junho continuou sendo o Dia de Camões. O regime apropriou-se de
determinados heróis da república, não no sentido laico que os republicanos
pretendiam, mas num sentido nacionalista e de comemoração colectiva histórica e propagandística.
A
partir de 1944, o feriado passou a ser designado como Dia de Camões, de
Portugal e das Raças, como forma de propaganda ao império português. A figura
do escritor continuou a ser associada às descobertas e vitórias além-mar, e ao
estatuto de herói português.
Só
em 1978, já depois da revolução do 25 de abril de 1974, é que o feriado passou
a ser conhecido como hoje é denominado: Dia de Portugal, de Camões e das
Comunidades Portuguesas.
No
Decreto-Lei n.º 39-B/78 de 2 de março, lê-se: "O dia 10 de Junho, Dia de
Camões e das Comunidades, melhor do que nenhum outro, reúne o simbolismo
necessário à representação do Dia de Portugal. Nele se aglutinam em harmoniosa
síntese a Nação Portuguesa, as comunidades lusitanas espalhadas pelo Mundo e a
emblemática figura do épico genial."
Ainda
hoje várias são as comunidades portuguesas no estrangeiro que celebram este dia
com vários eventos e festas.
A História
do Santo Anjo da Guarda de Portugal
A pedido do rei D. Manuel I de Portugal, o Papa Júlio II instituiu em 1504 a festa do «Anjo Custódio do Reino»
cujo culto já seria antigo em Portugal. O pedido terá sido feito ao papa Leão X e este autorizou a sua realização no
terceiro Domingo de Julho. A sua devoção quase desapareceu depois do séc. XVII,
mas seria restaurada mais tarde, em 1952, quando mandada
inserir no Calendário Litúrgico português por Pio XII,
para comemorar o Dia de
Portugal no 10 de Junho.
Terá surgido pela
primeira vez na Batalha de Ourique, a mesma deu uma tal vitória
às forças de D. Afonso
Henriques sobre os
invasores muçulmanos que deu a chance de autoproclamar-se Rei de
Portugal.
Nas suas Memórias, a Irmã Lúcia contou ainda que, entre Abril e
Outubro de 1916, nas Aparições de Fátima, teria já aparecido um anjo aos três pastorinhos, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da
casa dela, em Fátima (Ourém), convidando-os à oração e
penitência, e afirmando ser o "Anjo de Portugal"
Fonte:
querosaber.sapo.pt; wikipedia.org, portal das comunidades
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