Odivelas fez no passado dia 19 de Novembro 18 anos de vida enquanto concelho!
Como forma de celebrarmos esta maioridade administrativa decidimos lançar uma crónica mensal com o nome: "As histórias de uma terra milenar".
Deste modo, os jovens Odivelenses poderão ter acesso a diversas lendas, contos, episódios e momentos históricos da nossa terra, culminando com alguns momentos práticos que levem ao aprofundamento do conhecimento desta nossa terra. Hoje deixamo-vos como celebração deste aniversário, as origens da nossa terra.
A história de Odivelas remonta a longos anos, no tempo do Rei D. Dinis e do século XIII, o nosso primeiro Odivelense. Ainda assim, e de forma oficial, a nossa terra foi incluída no Município de Belém em 1852, tendo em 1885 passado para o Município dos Olivais e, em 1886, passou a integrar o Município de Loures, na data da criação daquele concelho. Em 19 de Novembro de 1998 é criado o concelho de Odivelas, onde as diversas freguesias do Concelho são integradas.
Mais do que perceber a sua origem e componente administrativa, decidimos deixar um pouco da história da nossa terra.
A origem do nome Odivelas está envolto numa lenda que perdura pelos séculos. A propósito do nome desta cidade, conta-se que D. Dinis tinha o hábito de deslocar-se à noite a Odivelas onde visitava regularmente o Mosteiro de São Dinis e São Bernardo que tinha mandado erguer ou para enamorar algumas jovens. Certa noite, sabendo a rainha do que se passava resolveu esperá-lo e quando o rei fazia o seu percurso para o encontro, a rainha interpelou-o e eis que proferiu as seguintes palavras:
"IDE VÊ-LAS SENHOR IDE VÊ-LAS"
É precisamente antes desta situação que surge também a lenda do Mosteiro erguido a mando do Rei D. Dinis. Reza a lenda que D. Dinis terá tido esta iniciativa como forma de pagamento de uma promessa feita a S. Luiz bem como a S. Dins, quando numa caçada no Alentejo foi surpreendido por um urso. Perante a aparição do santo, o rei recobrou forças e neutralizou o enorme animal. A escolha do local para D. Dinis edificar a sua fé, incidiu numa propriedade do Rei no termo de Lisboa, Odivelas, onde se situava a “Quinta das Flores”. Esta zona gozava de ótimos recursos naturais, nomeadamente, solos férteis, um curso de água, e ainda a sua morfologia que favorecia um natural abrigo das culturas. O mosteiro destinava-se a receber uma comunidade feminina cisterciense e a escolha do local pretendia assegurar a subsistência das monjas e garantir o recato das mesmas, sendo criados campos de cultivo junto ao mosteiro.
No entanto, a explicação menos lendária para a origem do nome é um pouco diferente.
Quanto à justificação da outra versão do mosteiro... Esperem pela próxima crónica em que continuaremos "As Histórias de uma terra milenar".
Uma Geração de Confiança!